quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Erupção solar perturba aeroportos na Suécia

04/11/2015 - Uol Economia

Estocolmo, 4 Nov 2015 (AFP) - Uma explosão solar nesta quarta-feira deixou fora do ar por alguns instantes os radares dos principais aeroportos no sul da Suécia e causou atrasos significativos, disse a Autoridade sueca de Aviação Civil (LFV).

"Por volta das 12h45 (de Brasília), as tempestades solares têm perturbado o campo magnético da Terra, causando um mau funcionamento do radar" usado pelos controladores de voo para regular o tráfego, disse à AFP um porta-voz da LFV, Per Fröberg.

"Nós tivemos que fechar o espaço aéreo", o que atrasou as partidas, enquanto os aviões que se aproximavam foram autorizados a aterrissar, acrescentou.

Os aeroportos de Estocolmo-Arlando, Estocolmo-Bromma, Malmö (sul) e Gotemburgo (sudoeste) foram afetados.

O controle de tráfego aéreo foi restabelecido após cerca de uma hora e os voos retomaram gradualmente.

"Ainda temos atrasos, o retorno à normalidade deve demorar várias horas" apenas no final do dia, acrescentou o porta-voz.

As erupções solares, ou ejeções de massa coronal, projetam plasma solar em velocidade muito alta para o espaço que atinge a atmosfera superior da Terra e interage com seu campo magnético.

Este fenômeno é responsável pelas luzes do norte, mas também por tempestades magnéticas que podem perturbar o funcionamento dos satélites de comunicações e a rede elétrica.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Mudanças Climáticas

CRONOLOGIA A PARTIR DE 2015

JANEIRO

23 - Terremoto de 2.3 em Campos dos Goytacazes-RJ
24 - Enchente histórica na cidade de Basiléia-AC, cobrindo praticamente toda a cidade.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Crise Hídrica provocada


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

37 Milhões de Abelhas Morrem após o Plantio de Milho Transgênico no Canadá

12/12/2014 - Notícias Naturais

37 Milhões de Abelhas Morrem após o Plantio de Milho Transgênico no Canadá nnDezenas de milhares de abelhas morreram em Ontário desde que o milho transgênico foi plantado há algumas semanas. Um dos produtores locais de mel, Dave Schuit, denunciou ao site ‘Organic Health‘ que somente a sua granja perdeu 600 colmeias, o que equivale a 37 milhões de abelhas.

Os criadores de abelhas culpam a morte de suas colônias aos neonicotinoides, especialmente o Imidacloprid e a Clotianidina (ambos da Bayer), que são inseticidas geralmente aplicados tanto em sementes como em tratamentos foliares e que penetram no pólen e no néctar.

Enquanto a metade dos países da União Europeia, incluindo a Alemanha, limitam legalmente o uso dos neonicotinóides por preocupações ambientais depois que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos definiu os riscos relacionados, nos EUA continuam sendo um dos mais usados.

No passado, muitos cientistas se esforçaram para encontrar a causa exata da enorme mortandade, um fenômeno que eles chamam de “desordem de colapso de colônia” (DCC). Nos Estados Unidos, por sete anos consecutivos, as abelhas estão em declínio terminal.

O colapso na população mundial de abelhas é uma grande ameaça para as culturas. Estima-se que um terço de tudo o que comemos depende da polinização das abelhas, o que significa que as abelhas contribuem com mais de 30 bilhões de dólares para a economia global.
Um novo estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, revelou que os pesticidas neonicotinoides matam as abelhas por danificar o seu sistema imunitário e as tornam incapazes de combater doenças e bactérias.

Após relatar grandes perdas de abelhas após a exposição ao Imidacloprid, foi proibido o seu uso em plantações de milho e girassol, apesar dos protestos da Bayer. Em outra jogada inteligente, a França também rejeitou a aplicação da Clotianidina pela Bayer, e outros países, como a Itália, também proibiram certos neonicotinoides.

Após o recorde de mortes de abelhas no Reino Unido, a União Europeia proibiu vários pesticidas, incluindo os pesticidas neonicotinóides.

Leia mais: http://www.noticiasnaturais.com/2014/11/37-milhoes-de-abelhas-morrem-apos-o-plantio-de-milho-transgenico-no-canada/#ixzz3Qd0gAA2q

sábado, 31 de janeiro de 2015

Cientistas alertam: Terra se prepara para inverter a polaridade de seu campo magnético, e suas conseguências podem ser devastadoras.

23/12/2014

Por Paulo Fonseca

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Novos estudos afirmam que o campo magnético da Terra, essencial para reduzir os impactos da radiação solar, está perdendo, aos poucos, sua estabilidade. A verdade é que os polos magnéticos trocaram de posições em inúmeras ocasiões ao longo da história terrestre e o farão muitas vezes mais.
O campo magnético da Terra possui dois polos (norte e sul) que não são estáticos e cujas variações se deslocam até 16 km por ano. Dessa forma, o campo magnético nunca está em um único lugar e os polos se invertem, aproximadamente, a cada 450 mil anos. De acordo com o trabalho de uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, a última inversão dos polos ocorreu há 781 mil anos. Hoje, a Terra parece estar se movendo em direção à sua próxima inversão, o que poderia estar obedecendo ao fato de o seu núcleo interior crescer cada vez mais, obstruindo o núcleo externo, o que, por fim, acabaria debilitando o campo magnético do planeta.

Um campo magnético fraco ou instável poderá ser uma evidência clara de que a inversão dos polos terrestres está para acontecer. As consequências da mudança no magnetismo da Terra afetariam diretamente as infraestruturas elétricas e instrumentos de navegação globais, assim como a orientação da fauna silvestre, como aves e baleias, que utilizam o campo magnético para se situarem. Os cientistas estão preocupados com a possibilidade de, durante o processo de inversão dos polos, o campo magnético se enfraquecer excessivamente, ou, até mesmo, desaparecer, mesmo que por um curto período. Isto faria que, imediatamente, desaparecesse a única proteção que a Terra possui – e também seus habitantes – para se defender da radiação solar.

http://www.noticiasgs.com/59555/cientistas-alertam-terra-se-prepara-para-inverter-a-polaridade-de-seu-campo-magnetico-e-suas-conseguencias-podem-ser-devastadoras-/

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

No Bosque da Barra, prefeitura abre acesso em muro para tentar salvar animais da seca

Objetivo é permitir que os bichos possam buscar água na Lagoa de Jacarepaguá. Os de maior porte serão remanejados

POR CÉLIA COSTA

30/01/2015 - O Globo


Lago do Bosque da Barra seco: reflexo da estiagem - Fábio Rossi / Agência O Globo


RIO — A escassez de chuva, que provocou a mudança de cenário de parques e lagos da cidade, está ameaçando os animais do Bosque da Barra. Nesta quinta-feira, a Secretaria municipal de Meio Ambiente montou uma operação para minimizar a situação. A primeira medida foi a abertura de um acesso num muro que separa a Lagoa de Jacarepaguá das lagoas do bosque.

— O Rio está vivendo a maior crise hídrica dos últimos 84 anos, época em que a medição começou a ser feita — disse Carlos Alberto Muniz, secretário municipal de Meio Ambiente.

Macacos, preguiças, cobras e pássaros já haviam conseguido fugir da seca. Mas outros animais não tiveram como passar pelo obstáculo, e só começaram a sair em busca de água depois da criação do acesso. Quando os técnicos chegaram na manhã desta quinta-feira ao bosque, alguns lagartos estavam tentando escalar o muro.

Os animais de maior porte, como capivaras e jacarés, serão remanejados. A secretaria também está fazendo um estudo em parceira com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para a remoção das espécies mais fragilizadas, a fim de garantir a preservação da fauna enquanto o período de seca perdurar. O local para onde esses animais serão levados ainda não foi definido. Nesta quinta-feira, um dos jacarés estava em uma lagoa com apenas 12 centímetros de água.

A Lagoa Rodrigo de Freitas, que tem registrado os mais baixos volumes de água, nesta quinta-feira estava com 15 centímetros de espelho d’água acima do nível do mar. Em condições normais, a média do espelho d’água é de 40 centímetros. Na segunda-feira, o nível era de 17 centímetros.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/no-bosque-da-barra-prefeitura-abre-acesso-em-muro-para-tentar-salvar-animais-da-seca-15194164#ixzz3QIqCxc4a
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Prefeito de Pequim diz que cidade é 'inabitável' por conta da poluição

29/01/2015 - O Globo



O prefeito de Pequim, Wang Anshun, chamou a cidade "inabitável" por causa da poluição, de acordo com a mídia estatal chinesa.

Wang, ex-funcionário no setor de petróleo e na província de Gansu, no noroeste da China, disse que a fumaça nociva nas ruas foi causada pelo aumento drástico no número de "fábricas poluentes e de veículos automotores”. Em seu discurso, ele exigiu que empresas de Pequim fossem fechadas, em vez de "irresponsável mudar" para áreas vizinhas à cidade, como Hebei e Tianjin.

Para se ter uma cidade de primeiro nível internacional, habitável e harmoniosa, é muito importante para estabelecer um sistema de normas, e nós estamos fazendo isso. No presente momento, no entanto, Pequim ainda não é uma cidade habitável disse ele na sexta-feira, de acordo com o jornal China Youth Daily.

Wang, ex-funcionário no setor de petróleo e na província de Gansu, no noroeste da China, disse que a fumaça nociva nas ruas foi causada pelo aumento drástico no número de "fábricas poluentes e de veículos automotores”. Em seu discurso, ele exigiu que empresas de Pequim fossem fechadas, em vez de "irresponsavelmente” mudarem para áreas vizinhas, como Hebei e Tianjin.

De acordo com o prefeito, em 2014, as autoridades de Pequim fecharam 392 empresas por causa da poluição, além de retirar de circulação mais de 476 mil veículos antigos. Ele acrescentou que, apesar da fumaça, o maior problema foi o controle da população, afirmando que o afluxo de migrantes compromete a infraestrutura da cidade, que tem 21,5 milhões de habitantes e está crescendo a uma taxa de mais de 350 mil por ano.

Em setembro de 2013, o gabinete chinês introduziu um plano radical anti-poluição, que incluiu proibir a construção novas usinas de energia movidas a carvão, em Pequim, Xangai e Guangzhou, três das cidades mais importantes do país.

No entanto, de lá para cá, o plano enfrenta uma execução lenta. Pequim ainda está envolta pela fumaça na maioria dos dias. Autoridades anunciaram que em 2014, parte das substâncias mais mais perigosas para a saúde humana caíram apenas 4%, pouco abaixo da meta do governo de redução de 5%.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Rio: baixo nível dos reservatórios leva segunda hidrelétrica a parar

27/01/2015 - O Fluminense

Santa Branca, que abastece o Rio de Janeiro, tem entrada de 59 metros cúbicos e saída de 72. Usina chegou ao nível de volume morto e parou de gerar eletricidade no domingo

A Usina de Santa Branca, no Rio Paraíba do Sul em São Paulo, pertencente à Light, fornecedora do Rio de Janeiro, chegou ao nível do volume morto e parou de gerar eletricidade no domingo, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É a segunda usina hidrelétrica integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN) que parou de funcionar por falta d’água .

O nível do reservatório de Santa Branca chegou a -0,81 do volume útil, ou seja, está no chamado volume morto, nível em que não é mais possível a geração de energia. De acordo com o boletim diário da Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado ontem, o reservatório de Santa Branca apresenta entrada de 59 metros cúbicos de água por segundo e saída de 72. O volume morto corresponde a 29,89% da capacidade total de Santa Branca

A Usina de Paraibuna, também no Rio Paraíba do Sul em São Paulo, que pertence à Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e parou na semana passada, está com -0,26 do volume útil, com entrada de 27 metros cúbicos de água por segundo de água e saída de 50. Nesse caso, o volume morto representa 44,29% da capacidade do reservatório.

De acordo com o ONS, as duas usinas paradas são pequenas e “não têm uma geração representativa para a carga total do sistema”. A capacidade instalada de Paraibuna é de 87 megawatts e de Santa Branca, 56,1 megawatts, enquanto a carga do sistema está na faixa de 70 mil megawatts médios por dia. Como o sistema é interligado, a energia gerada em outro local é remanejada para suprir a falta causada por eventuais problemas.

O ONS informa que outros reservatórios estão no volume morto, mas as usinas continuam operando “a fio d’água”, de acordo com a topografia do terreno e o volume de água. Porém, não há, por enquanto, previsão de que hidrelétricas parem de funcionar.

Apesar do baixo volume de água nos reservatórios, a ANA informa que “não tem nenhuma definição da área técnica sobre racionamento ou risco de desabastecimento” e que qualquer comunicado será publicado no site da agência reguladora.

O sistema de reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul está com 0,66% do volume útil total, somando Santa Branca, Paraibuna, Jaguari (1,72%) e Funil (3,75%). De acordo com o diretor executivo do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes, estão sendo feitas análises semanais pelo Grupo de Acompanhamento de Operações Hidráulicas, composto por integrantes do ONS, da ANA e da Agência da Bacia do Rio Paraíba do Sul (Agevap).

O Fluminense

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Prefeitura lança projeto para enfrentar desafios causados por mudanças climáticas

Já são mais de R$ 4 bilhões investidos em ações na cidade

POR GISELLE OUCHANA

22/01/2015 - O Globo

RIO - A Prefeitura do Rio lançou, na manhã desta quinta-feira, o Projeto Rio Resiliente. O objetivo é aumentar a capacidade da cidade de se recuperar de catástrofes causadas pelas mudanças climáticas e diminuir os impactos aos moradores.

O Rio de Janeiro é a primeira cidade do hemisfério Sul a lançar o programa e já integra do bloco das '100 Resilient Cities', idealizado pela fundação americana Rockfeller.

O ponto de partida do projeto foi a produção de um documento com extenso diagnóstico sobre o atual cenário de resiliência do município, com a identificação dos principais riscos relacionados com as alterações climáticas na cidade, como chuvas, ventos intensos, ondas de calor, elevação no nível do mar e dengue.

Durante o lançamento do projeto, o prefeito Eduardo Paes ressaltou que, apesar dos investimentos, a cidade continuar correndo riscos.

- Não estamos dizendo que o Rio está preparado para qualquer evento climático. Esse programa não significa que todos os problemas estão resolvidos. O que buscamos é minimizar impactos naturais. Se as mudanças climáticas provocarem chuvas ainda maiores que a série histórica, podemos ser impactados. Sempre há risco. Em qualquer cidade do mundo, não há uma solução definitiva para esses problemas. - afirmou o prefeito.

Um departamento de resiliência foi criado no Centro de Operações Rio (COR). De acordo com o Chefe do Comitê Gestor, Pedro Junqueira, quatro áreas serão focadas: mudanças climáticas, resiliência sócio-econômica, gestão e comportamento resiliente. Já são mais de R$ 4 bilhões investidos em ações de resiliência na cidade, como a obra do piscinão da Praça da Bandeira, o aumento na contenção de encostas e treinamento humano.

O processo de resiliência no Rio iniciou em 2010 com a criação do COR, que dispõe de todos os recursos necessários para realizar mapeamentos de riscos da cidade, como foram feitos nas comunidades do maciço da Tijuca.

— Até 2016, todas essas obras de contenção de encostas em áreas de risco da Tijuca estarão prontas.A prefeitura tem que permanentemente investir em prevenção, resiliência e adaptação das mudanças climáticas.

A Zona Oeste é considerada por Paes a área mais preocupante da cidade, pelo seu crescimento acelerado.

— A região da Baía de Sepetiba já é uma área muito alagada. A prefeitura tem se esforçado muito naquela região, porque está claro que quanto mais a cidade se expandir para o oeste, vamos estar aumentando os riscos de quem se mudar para lá.

O conceito de resiliência envolve tanto as esferas governamentais quanto a sociedade. Por isso, o prefeito ressalta que a participação dos cidadãos deve ser efetiva.

— Nós já temos um trabalho muito intenso com moradores em área de risco mapeadas. É importante que as pessoas acreditem nas sirenes quando tocam, por exemplo. Além disso, também há a questão de não jogar lixo nos rios e cuidar da cidade. Esse é o papel que a população deve ter — alertou.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/prefeitura-lanca-projeto-para-enfrentar-desafios-causados-por-mudancas-climaticas-15119892#ixzz3PZCDsmH4 

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Temor de racionamento cresce com previsão de pouca chuva

21/01/2015 - Valor Econômico

 O volume de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste neste verão está abaixo do necessário previsto no ano passado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para garantir o suprimento de energia em 2015. E, segundo o instituto de meteorologia Climatempo, a expectativa para os primeiros quatro meses do ano é de chuvas abaixo da média. Nesse cenário, diante de estimativas das consultorias PSR e Thymos, aumenta a probabilidade de necessidade de um racionamento.

Em apresentação, em seminário, em julho do ano passado, no Rio de Janeiro, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, havia dito que seria necessário um volume de energia natural afluente (ENA) - que pode ser produzido a partir das chuvas - de 77% da média histórica entre novembro e abril, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, para garantir totalmente o suprimento de energia em 2015.

As projeções do operador partiam de um nível de armazenamento de 18,5% da capacidade dos reservatórios hidrelétricos das duas regiões em novembro. Considerando uma média de chuvas de 77% entre novembro e abril (o período chuvoso), os reservatórios chegariam ao fim de abril com 45%. Esse patamar, segundo Chipp, seria suficiente para garantir o abastecimento em 2015, mesmo que ocorresse o pior histórico de chuvas no período seco de 2015 (de abril a novembro). A média de 77% seria a 11ª pior da série histórica de 83 anos utilizada pelo ONS.

De acordo com dados oficiais do operador, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, principal "caixa d'água" do sistema elétrico brasileiro e que concentra 70% da capacidade de armazenamento de água para geração de energia do país, chegaram a novembro do ano passado com 18,6%.

Em novembro, a média de chuvas no Sudeste/Centro-Oeste foi de 68,33% do histórico. Em dezembro, houve uma melhora, e a ENA nas duas regiões alcançou 84,41% do histórico. Em janeiro, mês em que as chuvas costumam ser mais volumosas, porém, a projeção atual de ENA do operador é de apenas 44% do histórico. Nem mesmo o teto da previsão, de 49%, seria suficiente para trazer alívio ao sistema. Considerando as médias de novembro, dezembro e a previsão de janeiro, a média é de 62% do histórico.

Para melhorar o quadro do abastecimento, é importante que o volume de chuvas em fevereiro venha acima do histórico. No ano passado, a média de chuvas em fevereiro foi de apenas 38,22%, a pior mensal registrada em 2014.

Segundo a meteorologista Bianca Lobo, do Climatempo, porém, o volume de chuvas de todos os quatro primeiros meses do ano ficará abaixo da média. "No fim de janeiro, haverá chuvas generalizadas nas regiões dos reservatórios do Sudeste. Vai dar uma melhorada, mas não vai ser suficiente para atingir a média histórica. Este ano, não vamos conseguir recuperar os reservatórios. Vai ser um ano ruim para geração de energia", disse ela.

Para o diretor da comercializadora Enecel Energia, Raimundo Batista, também é muito pouco provável que haja uma recuperação do nível dos reservatórios neste ano. "A única alternativa para evitar um colapso no sistema será gerenciar a demanda. É o consumidor que terá que exercer o seu papel, por patriotismo ou por imposição de regras que estimule a redução do consumo", disse o especialista.

A consultoria Thymos Energia mantém a expectativa de risco de racionamento em 40%. A projeção considera a possibilidade de os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegarem ao fim de abril com menos de 30% da capacidade, nível mínimo admitido pelo ONS para o fim do período chuvoso, sem comprometer o abastecimento do país. Mario Veiga, presidente da PSR, diz que até o fim do período chuvoso, em abril, devem ocorrer mais blecautes controlados como o da última segunda-feira. A partir de maio e junho, caso as chuvas fiquem abaixo do estimado, há, segundo ele, grandes chances de ser necessário o racionamento para garantir o suprimento de energia até o início da próxima estação chuvosa, em novembro.

Apesar do quadro crítico, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reforçou ontem que o sistema elétrico é "robusto". E reafirmou que não há necessidade de um racionamento este ano.

Na primeira reunião do ano, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne a cúpula energética do governo Dilma, estimou o risco de déficit de energia em 4,9% para o Sudeste/Centro-Oeste. O nível de 5% é considerado crítico.

Com seca, Quinta da Boa Vista fica sem pedalinhos, frustrando crianças que visitam parque

Lagos esvaziaram, restando o fundo de terra rachada e acabando com a diversão na área

POR CELIA COSTA

20/01/2015 - O Globo


O que era um lago com uma gruta hoje parece mais um calçadão dentro da Quinta da Boa Vista, onde os gramados perderam o verde - Pablo Jacob / Agência O Globo

RIO — A Quinta da Boa Vista, um dos principais parques públicos do Rio, deixou neste verão de ser um refúgio verde para os cariocas. Quem chega à área em busca de temperaturas mais amenas se decepciona com a grama seca e os lagos vazios. O espelho d'água principal parecer ser a única exceção: na verdade, sobrou apenas um filete de água sobre a camada de lodo. Devido à situação, os pedalinhos estão hoje parados, frustrando a criançada que utiliza o parque como área de lazer nas férias.

Os lagos começaram a esvaziar em agosto do ano passado. Alguns hoje se assemelham mais a ruas, e estão com o fundo de terra rachada à mostra. No lago dos pedalinhos, basta observar as marcas nas pedras para ver o quanto o nível de água baixou.

Os frequentadores lamentam o aspecto árido da Quinta da Boa Vista.

— Ficou muito ruim caminhar por aqui. Está tudo muito seco. Os lagos e os jardins ajudavam a ter mais umidade e amenizavam o calor. Agora, fica mais cansativo o passeio — disse Bárbara Figueira, agente de aeroporto, enquanto caminhava, nesta segunda-feira, pelo parque.

A Secretaria municipal de Meio Ambiente informou que o cenário é resultado da falta de chuvas. Além da Quinta da Boa Vista, outros parques da cidade sofrem com a estiagem. O lago do Bosque da Barra está bem abaixo do seu nível normal. As quedas d´água da Estrada das Paineiras também perderam volume. E os gramados à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas perderam o verde para o marrom.

Nenhum representante da Fundação Parques e Jardins, responsável pela administração da Quinta, foi encontrado para falar sobre os problemas decorrentes da seca.

SEM PIQUENIQUES

No parque, o gramado seco acabou com os piqueniques, um dos programas preferidos de quem frequenta a Quinta.

— Quem vai estender uma toalha na terra? As sombras no gramado eram locais disputados nos finais de semana. O número de pessoas que fazia festas aqui também diminuiu — reclamou a ambulante Fabiana Conceição.

Fabiana disse ainda que tem prejuízos por causa do estado atual dos jardins. Os passeios de canoa e os pedalinhos eram, junto com os piqueniques, os principais atrativos do lugar.

— A minha mãe tem essa barraca de lanches há 30 anos. É o nosso ganha-pão. No domingo, as pessoas que vieram reclamaram muito da situação da Quinta. É claro que não irão voltar na próxima semana — concluiu a ambulante.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/com-seca-quinta-da-boa-vista-fica-sem-pedalinhos-frustrando-criancas-que-visitam-parque-15099862#ixzz3PSSeHjsM
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Temporal derruba hangar de Congonhas

09/01/2015 - Folha de São Paulo

Teto que abriga aeronaves desabou e esmagou jatinho após ventania de 85 km/h e chuva que alagou SP pelo 2º dia seguido

Terminal de ônibus fechou, trens foram afetados, 28 árvores caíram e ao menos 113 semáforos apagaram

DE SÃO PAULO

O temporal que atingiu a capital paulista pelo segundo dia seguido alagou vias do centro, comprometeu a circulação de ônibus e trens e levou até ao desabamento do teto de um hangar de jatos executivos no aeroporto de Congonhas (zona sul) na noite desta quinta-feira (8).

Os ventos de 85 km/h derrubaram a estrutura da área que abriga pequenas aeronaves –e pelo menos um jato acabou sendo esmagado.

Houve 28 quedas de árvores pela cidade –uma delas bloqueava a passagem de carros em uma quadra da rua Oscar Freire, nos Jardins, onde um apagão ainda deixou os restaurantes atendendo os clientes a luz de velas.

No dia anterior, a chuva forte já havia alagado principalmente a zona leste.

Ontem, os danos foram significativos no centro, onde também choveu granizo. O terminal de ônibus Bandeira ficou ilhado –e teve que fechar durante 40 minutos.

Na linha 10-turquesa da CPTM, um raio caiu na rede aérea de energia e interrompeu a passagem de trens em uma das vias entre as estações Brás e Tamanduateí.

O temporal começou por volta das 18h e, três horas depois, havia 113 semáforos com problemas, sendo 87 em manutenção e 26 por falta de energia, de acordo com a CET.

DESABAMENTO

Embora a ventania não tivesse a proporção da tempestade do último dia 29 –com ventos de 96 km/h que derrubaram centenas de árvores–, os danos assustaram quem estava em Congonhas.

O acidente no hangar da Target aconteceu às 19h. A Infraero (estatal que administra aeroportos) informou que não houve vítimas, mas não soube detalhar quantos jatinhos foram danificados.

O hangar de aviação executiva da TAM, vizinho ao da Target, teve leves danos, de acordo com a empresa.

O aeroporto chegou a fechar –entre 18h33 e 18h55– devido ao temporal, mas funcionava normalmente até a conclusão desta edição.

A chuva atingiu parte do sistema Cantareira, mas com intensidade fraca. Ele se manteve estável na medição da manhã, com 6,8% da capacidade, na piora crise de sua história. A previsão é que haja pancadas de chuva na tarde e noite desta sexta (9).

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Tornado é registrado no RJ e assusta população

Para espanto da população - e também de meteorologistas -, um tornado de baixa intensidade foi registrado em Nova Iguaçu (RJ), no início da noite de ontem

20/01/2011 - iG Rio de Janeiro

Para espanto da população - e também de meteorologistas -, um tornado de baixa intensidade foi registrado em Nova Iguaçu (RJ), no início da noite desta quarta-feira (19). Visível a quilômetros dali, na zona oeste do Rio, o vento forte destelhou casas, arrancou janelas e árvores pela raiz, derrubou portões e postes e até o muro de uma casa. Mas não provocou ferimentos graves nos moradores, que, atônitos, fotografaram e filmaram o fenômeno raro.

 Sete bairros sentiram, durante cerca de vinte minutos, os efeitos do "tornado fraquinho" que passou pela cidade por volta das 18h30. A classificação é do meteorologista Lucio de Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia. Como outros colegas, ele desconfiou de exagero quando soube da notícia. Mas não teve dúvidas ao ver as nuvens em formato de cone nos vídeos colocados no site Youtube.

"Eu não estava acreditando, mas a nuvem em forma de funil não deixa dúvida. Como ocorreu num lugar apenas, não foi sentido em nenhuma estação meteorológica. Não foi registrado qualquer vento nem chuva que pudesse se associar a este tornado", explicou Souza, cujo palpite é de que a velocidade tenha ficado entre 80 km/h e 90 km/h. "Mas a gente não mediu nada".

 Os moradores olhavam para o céu e, traumatizados com as imagens da destruição causada pelas chuvas, temeram pelo pior. Algumas correram, assustadas. Outras se trancaram em casa. Ruas ficaram sem energia elétrica.

No YouTube vários usuários postaram videos do fenômeno. Abaixo, assista a uma dessas postagens:

Tornado na Baía de Guanabara é visto na orla de Paquetá

Tromba d'água é imprevisível, apesar de não ser tão raro quanto parece

POR TAÍS MENDES

06/01/2015 - O Globo



RIO - Moradores da Ilha de Paquetá presenciaram na tarde desta segunda-feira um tornado na Baía de Guanabara, minutos antes do temporal que caiu na cidade. Um vídeo feito por moradores, e publicado no Youtube, mostra o momento que a tromba d'água, como o fenômeno também é conhecido, passa perto de uma das praias da ilha.

Segundo a meteorologista Bianca Lobo, do Climatempo, a tromba d'água, ou tornado, recebe esse nome por se formar sobre as superfícies de mares e rios. Ainda segundo a meteorologista, o fenômeno é imprevisível, apesar de não ser tão raro quanto parece.

- Um tornado é causado pela formação de nuvens que surgem quando há alta temperatura, muita umidade e grande instabilidade climática.

Mas os temporais no Rio estão com os dias contados. Nesta quarta-feira o sol volta a brilhar e até domingo não há previsão de uma nova frente fria na cidade. E, segundo o Climatempo, os termômetros facilmente voltarão a marcar 40 graus.

TEMPO VOLTA A FICAR QUENTE NA QUARTA

A chuva desta segunda-feira foi provocada por uma frente fria que passou próximo ao litoral do Rio. Nesta terça-feira, ainda segundo o Climatempo, poderá ocorrer pancadas isoladas de chuva, mas a tendência é que o sol predomina e que o tempo fique firme a partir desta quarta-feira. O fim de semana será de sol e o calor voltará a predominar. Os ventos também vão mudar de direção e passar a soprar de norte trazendo um ar de origem mais quente.

De acordo com o Alerta Rio, os ventos estarão soprando com intensidade moderada, ocasionalmente forte ao longo desta terça-feira. As temperaturas se manterão estáveis, com mínima de 20 graus e máxima de 34 graus.

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sábado, 3 de janeiro de 2015

Nuvem gigante de tempestade atinge região Norte de SC; veja vídeo

01/01/2015 - G1


Fenômeno foi visto perto de Barra Velha e depois foi para o oceano.

Esse tipo de nebulosidade pode provocar chuva forte e virar tornado.

Do G1 SC

Uma nuvem de tempestade muito forte passou na região de Barra Velha, no Norte do estado, no final da tarde de quarta-feira (31). Em seguida, o fenômeno seguiu para o oceano. Um vídeo do ocorrido foi mostrado no Jornal do Almoço desta quinta-feira (1º).

O meteorologista Leandro Puchalski explicou que trata-se de uma supercélula, uma nuvem extremamente forte, em que há ventos, e resultando em um aspecto parecido com uma rolha, uma certa circulação para essa nebulosidade.

Após aparecer em Barra Velha, o fenômeno foi para o oceano. De acordo com Puchalski, isso foi importante para evitar estragos na cidade, já que essa nebulosidade provoca chuva forte e, às vezes, granizo. "É uma típica nuvem de tornado essa instabilidade que passou pela região de Barra Velha", disse o meteorologista.

"Quando a gente presenciar algum tipo de nuvem dessa o importante, mais do que registrar, que é bonito visualmente, é se proteger", avisou Puchalski. Ele afirmou que esse tipo de nebulosidade é associado a tornados e pode trazer um muito forte. "Felizmente, só 1% desse tipo de nebulosidade se torna um tornado. Porém, por preucação, é importante se proteger", resumiu.