quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Prefeito de Pequim diz que cidade é 'inabitável' por conta da poluição

29/01/2015 - O Globo



O prefeito de Pequim, Wang Anshun, chamou a cidade "inabitável" por causa da poluição, de acordo com a mídia estatal chinesa.

Wang, ex-funcionário no setor de petróleo e na província de Gansu, no noroeste da China, disse que a fumaça nociva nas ruas foi causada pelo aumento drástico no número de "fábricas poluentes e de veículos automotores”. Em seu discurso, ele exigiu que empresas de Pequim fossem fechadas, em vez de "irresponsável mudar" para áreas vizinhas à cidade, como Hebei e Tianjin.

Para se ter uma cidade de primeiro nível internacional, habitável e harmoniosa, é muito importante para estabelecer um sistema de normas, e nós estamos fazendo isso. No presente momento, no entanto, Pequim ainda não é uma cidade habitável disse ele na sexta-feira, de acordo com o jornal China Youth Daily.

Wang, ex-funcionário no setor de petróleo e na província de Gansu, no noroeste da China, disse que a fumaça nociva nas ruas foi causada pelo aumento drástico no número de "fábricas poluentes e de veículos automotores”. Em seu discurso, ele exigiu que empresas de Pequim fossem fechadas, em vez de "irresponsavelmente” mudarem para áreas vizinhas, como Hebei e Tianjin.

De acordo com o prefeito, em 2014, as autoridades de Pequim fecharam 392 empresas por causa da poluição, além de retirar de circulação mais de 476 mil veículos antigos. Ele acrescentou que, apesar da fumaça, o maior problema foi o controle da população, afirmando que o afluxo de migrantes compromete a infraestrutura da cidade, que tem 21,5 milhões de habitantes e está crescendo a uma taxa de mais de 350 mil por ano.

Em setembro de 2013, o gabinete chinês introduziu um plano radical anti-poluição, que incluiu proibir a construção novas usinas de energia movidas a carvão, em Pequim, Xangai e Guangzhou, três das cidades mais importantes do país.

No entanto, de lá para cá, o plano enfrenta uma execução lenta. Pequim ainda está envolta pela fumaça na maioria dos dias. Autoridades anunciaram que em 2014, parte das substâncias mais mais perigosas para a saúde humana caíram apenas 4%, pouco abaixo da meta do governo de redução de 5%.

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